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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

GABRIEL SOLIS

 

( Nasceu no Uruguay – Vive em Porto Alegre, Brasil )

 

Gabriel Solis é o nome literário de Gabriel Solis Carneiro Stratta, natural da cidade de Rio Branco, Cerro Largo, Uruguai, onde nasceu no dia 10 de janeiro de 1953. Está radicado em Porto Alegre (RS), desde 1978.
Já percorreu muitos países do mundo.

Pertence à Casa do Poeta Riograndense desde 1985., como Sócio Efetivo.

 

 

LITERATURA RIOGRANDENSE  VOL. 6  (Poesia & Prosa).  Org. de Nelson Fachinelli.   Capa de Mozart Leitão.  Porto Alegre, RS: Editora Proletra, 1985. 126 p.    Col. Literatura Riograndense Atual, v. 6).                                      Ex. bibl. Antonio Miranda – doação do livreiro Brito (DF)

 

 

ROSA DE SAIGÓN

 

Apareceu de repente
Naquele beco escuro
Na cidade em chamas
Me chamou com seu olhar medroso
E eu fui, arrastando meus pés,
Junto com o meu cansaço e minha sujeira,
Meu cheiro de sangue e morte.

Ela subiu pela escada escura,
Eu a segui com minha culpa esquecida;
E no quarto miserável
Iluminado pelas chamas
Lembrei de outra rosa,
Uma rosa longínqua e sofrida
Que chorava minha morte
Numa terra que nunca
Conheceu a guerra.

Mas esta rosa
Aqui e agora,
Matava minhas vontades;
Há tanto esquecida na mata,
com seu cheiro de incenso e flor,
Com seu corpo pequeno e suave,
Com sua boca de criança na minha.

Eu a amei sem saber seu nome,
Eu a feri com minhas botas,
Com meus botões,
Com minhas fivelas,
Até esvaziar meu ser dentro de seu corpo...
Ela derramou uma lágrima,
Ou eu imaginei...?

De novo na rua Escura,
De novo o medo, a morte.
Então eu vi minha Rosa de Saigón
Correndo em minha direção.

Eu vi minha rosa cair na sua rua,
Com uma dúzia de rosas encarnadas
Brotando do seu corpo.

Natal de 1975, Saigón, Viet-Nam.

 

 

 

HIMALAIA

 

Teto do mundo
Silencioso
Cheio de mistérios
Flutuantes nesse ar rarefeito
Puro.

Lá em cima vejo um mosteiro.
Ou será ilusão?
Imagino os monges,
Orando,
Meditando,
Procurando chegar
À perfeição.

Eu aqui,

Em cima desta, pedra,
Sinto inveja...
Quero chegar lá em cima,
Entrar no milenar mosteiro,
Descobrir os mistérios,
Atingir a paz.

Mas não é possível.
Não tenho pureza,
Não tenho permissão,
Para mim a porta
Não será aberta.
Os segredos do Lamas
Não serão para mim.
A paz não será concedida
A quem nunca a concedeu.

O vento da cordilheira
Começa a me castigar
Me obrigando a descer
Mas eu não quero
Abandonar esta pedra
Quero paz...!
Mas o vento
Parece dizer:
A tua paz
É a paz dos sepulcros...!

---

 

Gabriel Solis,
25 de agosto de 1977.
Katmandú, Nepal.

 

**

 

 

FUMAÇA

 

Fumaça preta de chaminé
Escrava do vento
Na tua estela observei
A chegada do mau tempo.

Fumaça branca de incêndio
Angústia contida
Vejo na mata o fim da vida
De pequenos seres no inferno.

Fumaça cinzenta de combate
Matizada com sangue
Iluminada com fogo
Onde os homens no seu embate
Perdem nacos de carne,
Perdem a vida em sufoco.

Fumaça amarela total
Fumaça de Hiroshima
Prelúdio de Guerra Final
Arauto do Fim que se aproxima.


*

 

E LEIA outros poetas do RIO GRANDE DO SUL:

 

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_grade_sul/rio_grande_sul.html

 

 

Página publicada em setembro de 2021

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Página publicada em setembro de 2021


 

 

 
 
 
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